sábado, 5 de janeiro de 2008

Jodie Foster vira uma vigilante vingadora em VALENTE


O que move a trama de Valente não é novidade para quem mora no Brasil e assiste aos telejornais – um casal de namorados é atacado por vândalos, o homem morre e a moça fica em coma.
Mas o que ecoa do filme é um desejo de vingança que parece satisfazer à protagonista e ao público, e isso faz de Valente um filme especial, junto com Tropa de Elite, ele nos faz pensar na nossa própria condição e no mundo que queremos construir para os nossos filhos, na violência gratuita e no desejo de dar um basta em tudo isso. Mas o mais importante é a forma como vamos fazer isso.
Pessoalmente, eu gostei do filme, mas achei que o Erica Bain deveria ter sido personificada por outra atriz, acho que Nicole Kidman ou mesmo Erica Durance (a Lois Lane de Smallville) dariam mais credibilidade à personagem – não que Jodie Foster esteja mal no papel, longe disso, mas é uma pura questão de adequação.
Quando li sobre o filme achei que Jodie dava uma de Batman, caçando o crime, mas depois de assisti-lo prefiro pensar que ela preferiu se tornar uma não-vítima, alguém que resolveu fazer o que o Estado está negligenciando. E no final fica uma pergunta incômoda: a justiça se resume à simples vingança, ou a vingança é um direito de quem é injustiçado?

Nenhum comentário: