domingo, 26 de agosto de 2007

Vingança!!!


Kill Bill Vol. 1
Com: Uma Thurman, Lucy Liu, David Carradine, e Daryl Hanna
De: Quentin Tarantino

Tarantino conseguiu, eu nunca havia visto tantas referencias na tela ao mesmo tempo. Kill Bill Vol. 1 é um festival, tanto visual quanto auditivo! Fantástico, é essa a palavra que me vem à cabeça quando me lembro do filme.
A trama pode ser a mais simples e batida de todas: vingança! Ex-integrante de um grupo de assassinas de elite conhecido como As Víboras, Uma Thurman (ou Black Mamba, ou A Noiva) jura vingança às suas ex-colegas, depois de ser traída por elas, que mataram seu noivo e a condenaram a quatro anos em estado de coma.
Como para Tarantino nada deve vir na ordem, o esse primeiro filme da saga da Noiva, é extremamente violento, tem poucos (mas muito interessantes) diálogos e é carregado de ação do começo ao fim. Pouco sabemos da história da personagem, nem o que aconteceu direito, de Bill só vemos mesmo as mãos! A única coisa que sabemos é que Black Mamba está furiosa! Mas, como já disse o filme é um festival, cores berrantes, tomadas incríveis, cenas de ação inacreditáveis e Uma Thurman como ninguém jamais viu – uma mulher em busca de vingança que não tem o menor problema em enfrentar um esquadrão de quase cem bandidos, armada apenas com uma espada, vencer todos eles, matar alguns e mutilar muitos, e, além de tudo, se divertir com o que está fazendo!

Ponto Alto: O duelo com Lucy Liu é um clássico! A história da vida da personagem de Lucy Liu em animê é uma das coisas mais incríveis que eu já vi num filme, mostrando que a linguagem do cinema não tem limites. O massacre no restaurante japonês ao som do tema de Besouro Verde é para ser visto mais de uma vez, vale a pena!

Fique de Olho Em: São tantas coisas, tantos detalhes, bom, fique de olho no filme todo!

Tirando a Poeira


Tem filmes que nunca deixam de ser uma boa pedida, independente de quanto tempo tenha se passado do seu lançamento, se a gente já viu um monte de vezes e até quando a gente nunca viu. Quem deixa a prateleira de lançamentos de lado pode ter de volta bons momentos e também boas surpresas.

Rainha Margot
Com: Isabelle Adjani, Daniel Ateuil, Vincent Perez
De: Patrick Chereau
(confira galeria de fotos)

Um épico fantástico! Rainha Margot foi um dos filmes mais marcantes da década de 90 e mostrou ao mundo como se faz um épico de verdade – passando longe da hipocrisia do cinemão americano.
A trama relata acontecimentos do ano de 1572 na França, envolvendo a disputa de poder entre os nobres católicos e protestantes, que tem como ápice o massacre dos protestantes em Paris, episódio histórico da “Guerra dos Três Henriques, conhecido como a noite de São Bartolomeu. Mas antes disso, vemos o casamento da católica Marguerite (Margot) de Valois com o protestante Henri de Navarre. A união que visava à paz entre os dois grupos acabou servindo de estopim para o massacre.
Margot é uma jovem princesa que leva uma vida dedicada aos prazeres, da lista de seus amantes nem seus irmãos ficam de fora. É quando se vê obrigada a casar, por motivos políticos, com um homem que despreza e, ao mesmo tempo seu mundo parece desabar, quando constata que questões políticas são mais importantes que os sentimentos das pessoas e que não era tão amada assim por sua família. Mas, surpresas não faltam nas nossas vidas, nem na de Margot, que descobre um amigo fiel onde menos esperava e o amor de sua vida bem no meio de um dos episódios mais sangrentos da História.
A beleza da fotografia, a exuberância dos cenários, a narrativa ágil e um dos melhores elencos reunidos em um filme, são elementos importantes que tornam Rainha Margot um filme rápido de se ver e fácil de se gostar.

Ponto Alto: é recompensador ver como os acontecimentos e decepções podem transformar uma jovem frívola em uma mulher, em todos os sentidos da palavra. O filme é um relato, nu e cru, dos acontecimentos ao redor da vida de Margot, a violência é explícita, tornando a experiência de assisti-lo inesquecível e marcante.