sábado, 28 de junho de 2008

A verdade que se esconde sob a imagem

por: Biel Marcos

Hoje, após muito tempo tentando, consegui finalmente assistir O Diabo veste Prada. Ainda um pouco anestesiado após o filme, que é simplesmente ótimo, resolvi dedicar a ele as linhas dessa matéria. O filme mostra a trajetória de Andrea Sachs, uma aspirante a jornalista simples e sem a mínima noção de moda, que consegue um emprego como assistente de Miranda Priestly, chefe da maior revista de moda de toda Nova York, a Runway Magazine.

Mas eu não resolvi escrever essa matéria para falar de moda, da poderosíssima atuação de Meryl Streep, de seus belíssimos figurinos ou da trilha sonora fantástica que o filme possui. Resolvi escrevê-la para falar sobre como as pessoas se escondem por baixo de imagens de perfeição, quando na verdade estão repletas de sofrimento, angústias, tristeza e lágrimas. A primeira vista o filme pode parecer fútil, mas realmente não é. Durante os 109 minutos do longa vemos a inatingível Miranda pisando em todos a sua volta, como se ela fosse superior a tudo, mas no fim descobre-se que ela esconde suas crises conjugais, a decepção de suas filhas com ela, e que apesar de ser invejada por milhões de pessoas ela simplesmente é infeliz. Aliás, ela e todos seus empregados que se escondem no mundo glamoroso da moda, como o estilista Nigel, que sonha com o dia em que se verá livre da perversa, ou a assistente Emily, que coloca os desejos de Miranda em primeiro lugar e se esquece de si mesma, e todos sempre tentando parecer satisfeitos com suas vidas.

O fato, é que nenhum ser humano gosta de parecer fraco, e que fazemos de tudo para não mostrar que estamos mal. Como quando brigamos com um amigo querido e fingimos que não sentimos falta da amizade dele, ou quando se termina um relacionamento e por mais que se esteja sofrendo você quer que as pessoas pensem que você não se abalou, ou quando você fracassa, mas não se expõe para não mostrar às pessoas que você também erra. Mas afinal, de que vale tudo isso? Por que essa necessidade de parecer forte? É mesmo melhor se esconder atrás de beleza, roupas, maquiagem, fama e glamour quando no fundo você sabe que está mal?

A verdade é que não importa o quando você se esconda, isso nunca vai fazer você melhorar. Além disso, ter sentimentos é o detalhe mais fantástico de um ser humano, então nunca devemos tentar abafá-los, não importa qual seja ele. Está triste? Chore. Está feliz? Sorria. Está se sentindo sufocado? Desabafe. Enfim, não perca nunca a capacidade de ser humano!

sábado, 21 de junho de 2008

Romântico ou Meloso?

por: Biel Marcos


É mais do que freqüente a chegada de comédias românticas, ou romances aos cinemas. Esses filmes costumam ser amados por alguns, que os acham lindos e inspiradores, e odiados por outros, que os acham completamente bregas ou melosos demais. Mas afinal, é possível definir se um filme é romântico na medida certa ou enjoativo? Bom, eu particularmente acredito que isso depende do gosto de cada um, mas pra falar um pouco sobre o assunto resolvi comentar alguns filmes que não passaram dos limites e são sim boas histórias de amor, e não sentimentos excessivamente doces.

*Obs.: não estranhem se eu começar a ser um pouco meloso, já que escrevo essa matéria ao som de “Far away” do Nickelback (Eita música linda!!!)


Um amor para recordar
Impossível falar de filme romântico na medida sem citar este belo exemplo! A história de Landon Carter e Jamie Sullivan envolve e faz com que o público sinta exatamente o que os protagonistas estão sentindo. Em momento algum a história se torna chata, muito pelo contrário, ela prende e emociona a quem assiste.



Cidade dos anjos
A história do anjo que decide se tornar humano para ficar ao lado da amada faz com que Cidade dos Anjos seja uma linda história de amor sem exageros, agradável do início ao fim. Além disso, mesmo pra quem não gosta de romance, só a trilha sonora vale o filme todo.



Titanic
E por que não falar do grande romance que fez e ainda faz muita gente chorar? Jack e Rose têm uma relação que até se aproxima um pouco do brega, mas ainda assim agrada. A liberdade que a personagem de Kate Winslet conhece ao lado do rapaz é no mínimo empolgante, considerando que a moça vivia em uma gaiola dourada.


Bom, vou comentar apenas esses três, até porque não é fácil achar filmes românticos que não são melosos demais...

Mas repararam o que os três têm em comum? Em todos eles algum dos protagonistas morre no final. Será que para um filme não sofrer com excesso de açúcar ele tem que ter morte? Talvez a grande breguice da história seja o “Felizes para sempre”...