sábado, 19 de julho de 2008

Outro bicho gigante? Ah não!

Por: Biel Marcos
Recentemente chegou às locadoras o polêmico e esperado “Cloverfield”. Fui assistir ao filme bem empolgado, depois de toda campanha viral que ele teve e das boas críticas que recebeu, e não me decepcionei, apesar de não ser um dos meus filmes favoritos. O trabalho de Matt Reeves e J.J. Abrams foi, no mínimo, interessante e inovador. Porém, o longa não é o centro das atenções nessa matéria.
Após o longa do monstro destruidor misterioso, comecei a me lembrar de filmes que tinham como tema monstros ou animais gigantes. Esse é um tema bem difícil de lidar, considerando que são raros os casos em que o resultado é positivo, sendo, na grande maioria das vezes, filmes incrivelmente vergonhosos. E como hoje não estou a fim de fazer elogios, vamos relembrar os grandes lixos produzidos a partir da idéia de um animal gigante.

Python
Quando se trata de cobras gigantes, todos se lembram logo de “Anaconda”, mas este aqui consegue ser ainda pior! A cobra é feita no mais ridículo CGI que eu já vi na minha vida, as vítimas não tem o mínimo realismo (com direito a cabelo de náilon, sangue de catchup, e bonecos de plástico e pano), além de situações absurdas! Como é possível uma cobra de quase 100m de comprimento passear no centro de uma cidade, em plena luz do dia, e não ser vista por ninguém??? Lamentável...
Agora, o mais ridículo de tudo: O filme teve uma continuação! Não sei se tão tosco quanto primeiro, afinal, nem tive coragem de assistir.

Spiders
Tão tosco quando “Python”, porém esse traz aranhas gigantes ao invés de uma cobra. Com um roteiro mais idiota do que se pode imaginar, uma protagonista que passa de jornalista apavorada a heroína guerreira em questão de segundos (chegando ao ponto de saber usar uma bazuca), aranhas incrivelmente mal feitas, e cenas assombrosas (no mal sentido) fazem do longa um ótimo exemplo de filme desprezível.
Mas o insulto se repete: “Spiders” também teve uma continuação, que conseguiu ser ainda pior do que o primeiro. Pra que gastar dinheiro com isso!?

Octopus
Não satisfeitos em levar as telas animais terrestres gigantes, resolveram levar também um animal marinho. Foi aí que surgiu Octopus, que não fez mais do que tirar a desgraça da terra firme e levar para os mares, sendo apenas mais um exemplo de filme ruim, com péssimas atuações, péssimo roteiro, péssimo desfecho e péssimos efeitos especiais. Pode parecer que eu estou sendo implicante, mas tentem comparar os tentáculos de “Octopus” com os excelentes tentáculos do Kraken em “Piratas do Caribe - O baú da morte” e vocês verão que estou certo. E para piorar, ele também teve uma seqüência. É melhor nem comentar...

Ratos – Mutação genética
Talvez o mais ridículo filme desta lista, “Ratos – Mutação genética” ultrapassa todos os limites no quesito idiotice. Tudo no filme é ruim, desde as atuações (aliás, nem sei como alguém assina contrato para filmar uma coisa dessas) até os ratos assassinos que são totalmente falsificados. O rato gigante é, descaradamente, feito de pelúcia(!) e, apesar de gigante, consegue se esconder atrás de um carro! As cenas de morte não passam de rápidos cortes de câmera, é o típico filme que não mostra nada, e pra completar, novamente cadáveres com peruca de náilon e catchup por todo lado. Porém, esse, felizmente, não teve continuação, e pra quem assistiu ao filme, fica evidente o motivo.
Bom, após essa lista de filmes não recomendáveis, ficam as dúvidas: Por que esse tema é tão difícil de ser trabalhado? Será que toda vez que alguém tentar fazer um filme utilizando-se desse tema o resultado vai ser tão ruim? Enfim, pra quem gosta desse tipo de filme, resta apenas esperar até que a idéia chegue às mãos de um diretor competente para que, após tantos fracassos, possamos ver finalmente um bom animal gigante em cena.

sábado, 12 de julho de 2008

As mil formas de ser feliz


Por: Biel Marcos

Nada melhor do que cinema pra alegrar uma noite de sexta-feira. E foi com esse pensamento que fui assistir Sex and the City esta semana, e querem saber? Eu estava realmente certo! O filme é uma experiência deliciosa, mesmo pra mim que nunca havia assistido a antiga série de estrondoso sucesso da HBO. E depois de assistir ao filme posso compreender porque a série obteve tal sucesso. A história traz quatro mulheres com a qual o público se identifica perfeitamente, e não me refiro somente ao público feminino, que tanto se inspira nas atitudes e principalmente nos belíssimos figurinos das personagens, mas também o público masculino que aprende muito a como lidar com uma mulher assistindo a uma história como essa.

Mas acho que o que realmente leva alguém a se identificar com a série e o filme é enxergar nele um pedaço da sua vida. Amores despedaçados, casamentos complicados, prioridades em um relacionamento, filhos, sexo, liberdade, traição, tudo isso se faz presente na vida das personagens e na vida de quem as assiste. E por que não dizer que a série mostra que não existe uma fórmula para a felicidade? Cada pessoa possui a sua forma de ser feliz, e tentar ser algo que você não é só torna tudo mais complicado.

As quatro amigas deixam isso bem evidente ao longo de suas trajetórias. Como Carrie, que sofre ao ver sua cerimônia de casamento ir por água abaixo, e no fim descobre que pra ser feliz ela só precisava de seu noivo, e não de um mega evento social. Miranda, que sofre a mágoa de uma traição, mas sabe que é ao lado de seu marido que ela quer estar. Samantha, que é um espírito livre, não tendo espaço em sua vida para um amor (mas sim para o sexo), e provando que é possível ser feliz sozinha. E Charlotte extremante radiante exercendo sua maternidade.

Assim como estas quatro mulheres fabulosas, todos nós precisamos encontrar na vida a nossa forma de ser feliz. Não importa qual seja, afinal a felicidade é para todos e ela pode estar em qualquer lugar. Desde os seus sonhos mais altos até os seus desejos mais simples. Basta apenas descobrir quem você é, e ser com orgulho.

sábado, 5 de julho de 2008

Persistência é mesmo uma virtude?


Por: Biel Marcos
Eu não consigo entender certas coisas... coisas do tipo: Por que Xuxa ainda teima em levar um novo lixo às telonas todos os anos? Será que Didi ainda não notou que nem as crianças agüentam os filmes dele? Van Damme e Steven Seagal estão passando fome pra se rebaixarem a fazer filmes cada vez mais toscos?

Pois é minha gente, algumas pessoas realmente não sabem a hora de parar. Mas o que mais me intriga é o motivo pelo qual esses filmes ainda chegam aos cinemas (com exceção dos filmes de Seagal e Van Damme, que atualmente só aparecem em produções para o mercado de DVD). Tudo bem que Xuxa ainda é considerada a Rainha dos baixinhos e que Didi será eternamente o trapalhão, mas com tantas animações infantis de qualidade atualmente, por que alguém se preocupa em colocar em cartaz um filme que nem sequer faz sucesso nas bilheterias? Isso sim é um mistério...

Mas mudando de alvo, vamos falar do antigo astro de filmes de ação: Jean Claude Van Damme. Durante anos Van Damme foi considerado o melhor ator para longas com altas doses de adrenalina e realmente esteve em filmes muito bons ao longo de sua carreira. Mas no fim da década de 90 o rapaz começou a aparecer em produções cada vez mais de baixo nível (vide “Inferno”) e aos poucos foi se apagando. Hoje o ator só aparece em filmes lançados diretamente em DVD, estrelando sempre o gênero “ação sem cérebro”. Que decadência!!!

Mas quando se trata de uma carreira mal construída, pelo menos em minha opinião, Steven Seagal não sai da liderança. Suas atuações sempre foram caricatas, sem um pingo de talento, protagonizando as cenas de ação mais absurdas que eu já vi e sempre em filmes de péssima qualidade. Não me assusta que hoje ele continue aparecendo em filmes ruins, me assusta que ele ainda apareça em algum filme!

Construir uma boa carreira é algo muito trabalhoso, mas chega a ser um crime alguém estragar seu sucesso perdendo o bom senso e se envolvendo em trabalhos de qualidade, no mínimo, duvidosa. As quatro “estrelas” citadas na matéria deveriam seguir o exemplo de Whoopi Goldberg, que se aposentou assim que viu que sua carreira ia mal. É melhor se retirar com uma história de sucesso do que continuar e jogar tudo pelos ares.